Sem querer ser mal interpretado
O meu comentário vai no sentido não de criticar o post escrito por A. Gabriel, por sinal muito bem escrito, mas fundamentalmente de lhe dar a si meu caro amigo uma pequena lição de história acerca de benfiquismo.
Sem pôr em causa as razões da proposta da Direcção, impossibilidade de qualquer outro jogador envergar a camisola nº29 número utilizado durante época e meia pelo malogrado jogador Miklos Fehér, e estando convicto que passará com aclamação (incluindo o meu voto), não posso deixar de referir, por uma questão de justiça Benfiquista, que esta decisão pode ser controversa.
Exemplos temos no passado e no presente, de Homens que tudo deram e dão pelo clube, e que porventura nunca serão alvo de uma homenagem de tamanho significado.
É verdade que a todos nos chocou o facto de vermos um jovem cair sem vida durante uma partida de futebol, mas a bem da história pergunto: E Luciano? E Bruno Baião?
Estes Jogadores têm em comum o facto de terem falecido quando representavam o nosso Glorioso.
Luciano um dos mais promissores (dizem, eu não era nascido) jogadores do plantel, faleceu 1966 numa sessão de hidromassagem, Bruno Baião era Capitão dos juniores do clube e representava o emblema da Águia desde as escolas, faleceu numa altura em que iria realizar o seu primeiro contrato profissional com o clube.
Os benfiquistas têm memória, nunca esqueceremos os nossos heróis, e já que vamos homenagear Miklos Fehér, tínhamos por obrigação de o fazer relativamente a estes dois Homens que um infortúnio impediu de continuar a representar o clube do seu coração.
Penso que a homenagem certa não passaria pela retirada do número. Um pouco à imagem da NBA, o retirar de um número aplica-se a jogadores que foram fundamentais para as respectivas equipas no alcançar de grandes feitos, Michael Jordan nos Bulls, “Magic” Johson, nos L.A Lakers e Lary Bird nos Celtics são exemplos disso.
Neste caso penso que o ideal seria a realização de um torneio anual com o seu nome, em que os proveitos revertessem numa de duas coisas:
-Investigação médica acerca das mortes súbitas no desporto;
- Gyor seu clube do coração, para o apoio á formação;
Este torneio realizar-se-ia por alturas do aniversário da sua morte.
Julgo ser fácil contarmos com a presença de grandes equipas pois o caso Fehér comoveu o mundo, e existe uma preocupação de todos os desportistas nesta problemática das mortes subitas.
Em relação à retirada de camisolas, apenas vejo dois ou três casos a ponderar, Mário Coluna, José Aguas e é claro Eusébio da Silva Ferreira.
A história do Benfica passa por estes senhores, e estes têm sem duvida a mística Benfiquista.
Nota: não quero fazer deste blog um local onde os vários intervenientes combatem em busca da verdade absoluta, contudo não era possível deixar de dar a minha opinião acerca deste assunto.